Pote de Sonhos

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010


Chovia tanto lá fora que em cada gota que caia, uma lágrima minha era derramada. Eu sentia que não eram lágrimas de sofrimento e sim de alivio,um alivio imediato. Fui aos poucos me acostumando com a ideia de que são nas lágrimas que descobrimos o quanto a felicidade vale a pena. Sentia que havia alguém só na rua, alguém que precisava apenas de meus olhares, do meu colo e até mesmo da minha proteção tão engraçada. Na mesma maneira que a chuva ia aumentando o meu coração dava aqueles coices desesperados, e eu decidi voltar, fugir de mim, fugir da minha dor, da minha angústia. Assim, desse modo como toda vez eu dou um jeito de fugir de mim e não me decifrar.

Ananda 

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